Quando entraste no mundo do calçado barefoot, certamente já te deparaste com esta frase da fisioterapeuta Patrícia Salvador (@gepetto_bypatricia): as crianças calçam centímetros e não números.
Há quase 8 anos atrás, eu não sabia disso. Dizia que o meu filho José calçava o tamanho 23, sem saber muito bem o que é que isso significava. Questionei-me algumas vezes sobre estaria a comprar o tamanho certo, mas na verdade não aprofundei o suficiente para chegar a uma conclusão. Continuei a comprar da única forma que conhecia e, agora, tenho a certeza que o meu filho não usou nem os sapatos adequados nem o tamanho certo.
Nessa altura, ainda não estava munida de informação e fiz o que sabia.
Como sabes, e a minha experiência destes últimos anos vem comprová-lo, nenhuma marca tem o mesmo guia que a outra. Não existe um tamanho-padrão, pelo que o tamanho de 23 numa marca poderá não ter responder aos mesmos centímetros que o tamanho 23 de outra marca.
Na SHUZ | for barefoot lovers não é possível, por exemplo, pesquisar todos os sapatos que temos no tamanho 23. Foi uma escolha que fizemos, dadas estas discrepâncias entre marcas.
O nosso maior conselho é: se possível, venham ao showroom confirmar o tamanho. Na impossibilidade, a regra é consultar o guia de cada marca e escolher o tamanho certo. Também podes dar-nos uma apitadela e confirmamos o tamanho que melhor se ajustará à tua medida de pé. É que, às vezes, nem mesmo o guia das marcas está certo e temos de andar a confirmar os tamanhos "à la pata e régua"!
Nunca te esqueças que a escolha do tamanho terá de refletir a medida do pé + a folga a deixar.
Segundo a podóloga Neus Moya, o tamanho certo do sapato deverá ser aquele em que sobre entre 0.8 e 1.2cm, desde a ponta do dedo maior até ao final do sapato. Há quem defenda que também se deverá deixar uma margem na largura entre 0.3 a 0.5cm.
Ou seja, se a medida do pé maior der 15 cm, terás de escolher um sapato cujo o comprimento interno seja, no máximo, 16.2cm.
Nas minhas consultadorias, quando estou perante crianças muito pequeninas e que iniciaram recentemente a marcha independente, não costumo aconselhar folgas muito grandes, sob a pena de tropeçarem.
Sou da opinião que não só é importante deixar uma folga, como deixar uma folga que nos seja confortável, mesmo que isso implique uma troca de sapatos mais frequente. Eu sei que a carteira não agradece, mas há que respeitar os limites de cada um.
Ana da SHUZ | for barefoot lovers